Sinais de luzes para alertar podem prejudicar segurança

Prática comum entre os condutores, os denominados ‘sinais de luzes’ costumam ser utilizados para alertar quem circula em sentido contrário da presença de operações policiais no seu trajeto. Contudo, com os mais recentes atentados terroristas em Barcelona e encontrando-se as autoridades locais em busca do seu autor, surgiu uma nova questão relacionada com os mesmos.

 
Decorrendo a busca para se encontrar o autor do ataque terrorista que na semana passada matou 14 pessoas na cidade de Barcelona, a Guardia Civil voltou a trazer esse comportamento para a atualidade, fazendo eco de uma campanha levada a cabo pela polícia francesa anteriormente, a qual chegou mesmo a produzir um vídeo para o efeito pedindo para que tal não fosse feito.
 
A mesma ideia é partilhada pela Guarda Nacional Republicana (GNR), com o seu porta-voz, Bruno Marques, a referir em declarações ao Motor24 que este tipo de práticas “pode comprometer a segurança das próprias pessoas”, uma vez que “as ‘operações stop’ e os carros descaracterizados que estão na estrada estão lá para garantir a segurança rodoviária, que é a sua principal missão, mas não termina aí. Combatem muito a criminalidade – é em muitas operações dessas que apreendemos armas e cumprimos mandados de detenção internacionais”.
 
Lembrando que, “quem está bem não terá qualquer problema em ser mandado parar pelas autoridades”, o porta-voz daquela força de segurança reforçou que “ao ser emitido aquele tipo de aviso, estão-se a alertar dois tipos de pessoas: um, que não está minimamente preocupado se vai ser mandado parar ou não, e, o outro, que não quer ser fiscalizado por algum motivo. Ou estão a cometer alguma infração do âmbito rodoviário, aí colocando em risco os utentes da via, ou de criminalidade em geral, no qual podemos estar a avisar alguém que tenha um mandado de captura emitido”.
 
Lembrando que este é um tempo de “novas ameaças globais”, o Major Bruno Marques resume, para quem não tem qualquer problema em ser mandado parar numa operação de fiscalização que “a pior coisa que vai acontecer é perder cinco minutos da sua vida naquela operação”.
 
Fonte: Motor 24


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